domingo, 8 de agosto de 2021

Dugueto Shabazz lança música “Vamos Pra Palmares” em alusão ao protesto político que ateou fogo na estátua de Borba Gato

Produzido por João Nascimento, a música ganha versão inédita com intuito de contribuir para o debate sobre o genocídio negro e indígena no Brasil. Em formato de intervenção poética, o mc Dugueto Shabazz lança o Single “Vamos Pra Palmares” gravado no estúdio Kalakuta, localizado no Ponto de Cultura Afrobase, na periferia da zona oeste de São Paulo. A canção existe há mais de uma década, tornando-se referência em saraus periféricos e movimentos anti-racista da cidade, tendo sua primeira versão, gravada em 2008 no CD Zumbi Somos Nós da Frente 03 de Fevereiro. “Em tempos de crise política e injustiças sociais que assolam o país e acarretaram a prisão do manifestante Paulo Gallo, “Vamos Pra Palmares” chega no momento certo, contribuindo de maneira poética para o aprofundamento do debate sobre o genocídio no Brasil”, observa Dugueto Shabazz, Mc da cena Hip-Hop há cerca de 18 anos, com forte atuação na zona oeste e sul de São Paulo, inciando sua trajetória participando dos shows do Clã Nordestino em 2003. Como forma de Protesto, no dia 24 de julho, o coletivo Revolução Periférica, ateou fogo na estátua de Borba Gato no bairro de Santo Amaro em São Paulo, abrindo um importante debate sobre arquiteturas urbanas, monumentos racistas e homenagens públicas à personagens que contribuíram para o genocídio negro e indígena no Brasil. Diante deste acontecimento, a composição “Vamos Pra Palmares” de Dugueto é ressignificada aos tempos atuais, ganhando uma nova roupagem sonora. “Vamos pra Palmares é um grito de liberdade, um levante preto e periférico em forma de música, um manifesto artístico e poético, que alimenta o nosso espírito de luta e mantém a chama da resistência acesa, em busca de uma sociedade mais justa”, afirma João Nascimento, produtor musical. A música “Vamos Pra Palmares” foi mixada e masterizada por Lindenberg Oliveira e pode ser apreciada nas principais plataformas de streaming. } }
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Motumbá! Mukuiu! Kolofé!

No pé do baobá ecoam os Ilús da diáspora negra, o Rum costura a marcação sincopada do Rumpi e Lé, que dialogam com as melodias ressonantes e metálicas do Gã, invocando nesse instante a ancestralidade do orum para uma grande interação, movimentação e reflexão no aiyê. No sopro de Olorum se cria e transforma, uma manifestação artística e cultural que mantém a chama acesa das memórias negras de matrizes africanas e existências periféricas em contextos tradicionais, urbanos e contemporâneos.
A rota dos orixás derramou no atlântico as marcas de um novo mundo, nas heranças Africanas encontram-se fortes raízes culturais do povo brasileiro que nos tornam o que somos e o que seremos no futuro. A África como berço do mundo e da humanidade contribuiu e ainda contribui de forma significativa para a formação da cultura brasileira, através dos diversos povos, Bantus, Jejes, yorubás e outras etnias que aqui chegaram. Em um contínuo processo de realimentação cultural entre as Américas e as múltiplas Áfricas, territórios expandidos de referências estéticas, temáticas e poéticas infinitas, uma ponte se forma a partir do intercâmbio cultural entre esses pólos, numa perspectiva esférica e mutante, num olhar orgânico e emotivo que se funde e se amplia por um leque de percepções, gestos, sonoridades, ambientes, imagens e sentimentos de Áfricas vivas e dinâmicas presentes em cada um de nós brasileiros.
A formação cultural do nosso país não pode ser vista sem a participação dos negros e negras, bem como, os povos indígenas originários das terras brasílicas, legados que se fazem presentes nas diversas relações sócio culturais: na música, dança, artes plásticas, teatro, culinária, literatura, arquitetura, costumes, religião e nas roupas. Entretanto, olhar à verdadeira história desta nação é também compreender como as raízes do preconceito racial e da discriminação foram alimentadas pelo fato de os negros e negras terem chegados ao Brasil em condições de “mercadorias escravizadas” durante muitos anos.
Os Quilombos, Terreiros de Candomblés e diversas tradições culturais afro-brasileiras foram perseguidas pela soberania do Estado até meados do século XX e este preconceito está enraizado no cerne da atual sociedade, que cotidianamente extermina a nossa população de melanina acentuada em sua fase mais ativa, dissipando violentamente os corpos despadronizados do modelo eurocêntrico e aniquilando nossas histórias, memórias e culturas.
Magias negras, macumbas, escambos, malocas, quilombos, mandingas e culturas marginais, vozes diaspóricas como grito polifônico de resistência, na quebra das algemas do projeto colonial, reverbera na cidade conexões plurais de existências transculturais negras e periféricas, entre cacos e fagulhas de olhares críticos, poéticos e contemplativos que compõe o panorama do mosaico artístico da Mostra de Arte Negra Motumbá.
Laroyê!

(Texto de abertura da Mostra de Arte Negra MOTUMBÁ realizada no SESC Belenzinho no período de novembro de 2016 à março de 2017; Co-curadoria de João Nascimento) Matéria sobre a mostra MOTUMBÁ na CAROS AMIGOS http://www.carosamigos.com.br/index.php/cultura/8537-motumba-memorias-e-existencias-negras

PELE NEGRA, MÁSCARAS BRANCAS NO SESC VILA MARIANA




COMEMORANDO 10 ANOS DE (R)EXISTÊNCIA, A CIA TREME TERRA LANÇA NOVO ESPETÁCULO INSPIRADO NO LIVRO "PELE NEGRA, MÁSCARAS BRANCAS DE FRANTZ FANON.

O novo trabalho do Treme Terra é o resultado de dois anos de pesquisas que aprofunda a temática
apresentada em Terreiro Urbano, espetáculo anterior do grupo, conta com a direção de João Nascimento e Firmino Pitanga.

“Pele Negra, Máscaras Brancas” é baseado em estudos sobre as relações étnico-raciais no Brasil, num paralelo com o livro homônimo de Frantz Fanon, e reúne estudos sobre a mitologia dos orixás e experiências pessoais relatadas em depoimentos pelos artistas do elenco. Na montagem, o livro é utilizado como principal material disparador para as composições coreográficas e musicais.

A obra de Fanon tornou-se referência para os movimentos anticolonialistas e os movimentos negros das Américas. Embora tenha se passado mais de meio século desde a sua escrita, é um dos clássicos da literatura negra que ainda hoje desperta uma importante reflexão sobre as máscaras brancas que foram mantidas na atual sociedade brasileira e outras que surgiram nas últimas décadas. O autor e psicanalista Frantz Fanon faz uma abordagem sobre a relação entre o colonizador e o colonizado, a partir da psicologia, desmistificando o complexo de inferioridade.

DATA DA ESTREIA EM SP: DIA 17 de DEZEMBRO de 2016
HORÁRIO DE INÍCIO: 21 horas
LOCAL: Teatro do SESC VILA MARIANA
Para mais informações:

quarta-feira, 11 de março de 2015

Ponto de Cultura Afrobase

Afrobase é um núcleo de educação e cultura negra localizada no Rio Pequeno, periferia da zona oeste de São Paulo. Um espaço sócio-cultural que promove a formação de jovens de baixa renda em atividades regulares de dança negra contemporânea, percussão, hip-hop e canto. Mensalmente acontece também o Sarau Afrobase com a participação de um artista convidado em cada edição. O Afrobase é realizado pelo Instituto Nação e conta com a coordenação geral de João Nascimento. Assista o vídeo e conheça mais sobre o projeto:



quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Treme Terra se apresenta na Zona Leste de São Paulo

Cia de Arte Negra Treme Terra apresenta o espetáculo Terreiro Urbano no Teatro Flávio Império com participações de Adriana Moreira e Z'África Brasil nos dias 20, 21 e 22 de fevereiro de 2015. O espetáculo conta com a direção de João Nascimento e Firmino Pitanga
Terreiro Urbano é uma releitura contemporânea inspirada na mitologia dos orixás.
Evento Gratuito.


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A2 Labs RA





Projeto de música afro-contemporânea de João Nascimento e Pixú Flores



Site com todas as músicas disponíveis:
http://www.afro2.org/